AVALIANDO UMA PLATAFORMA DE SOFTWARE PARA GESTÃO NO ENSINO SUPERIOR? ALGUMAS PREMISSAS PARA 2018

O discurso da importância de se ter bons sistemas de gestão dentro das instituições está obsoleto. Passado o período de discursar, ficamos com certeza de que o destino da boa gestão está alicerçado na ciência dos dados. Resta agora saber se estamos prontos para fazer um pouco de magia.

Preocupados com o atraso gerencial de muitas instituições de ensino aqui no Brasil, onde a distância entre a prática e a teoria é gritante, estamos nós, os fornecedores de plataformas de software para apoiar a gestão dessas instituições.

Compartilho alguns dos meus insights sobre o que uma empresa desenvolvedora de plataformas de software deve promover para levar um mínimo de resultado ao cliente

Velocidade e conveniência para captar: O mercado está acirrado, então você deve proporcionar uma experiência espetacular ao LEAD nesse momento. NADA de formulários longos e caminhos complicados de seguir e não esqueça o principal: a moçada e a velharada são MOBILE – UX na prática e não na teoria;

Interação humanizada: Estou percebendo uma enxurrada de projetos usando chatbot e isso é ótimo. O que me preocupa é que no comando desses projetos, geralmente temos gente de TI (a probabilidade de brotar um FAQ bem caro é grande). Então o futuro nessa área passa pelo comando por parte de equipes das secretarias, pelos coordenadores de cursos e até por psicopedagogos. Sem falar que existem recursos poderosos e baratos que podem ser implementados nas rotinas diárias, de forma orgânica e em pequenas doses, melhorando a vida de todos.

Gestão da permanência, “talvez podemos tratar como controle de evasão”: Preocupado mesmo com o assunto evasão é o setor administrativo, que trabalha duro para criar ambientes descolados e eventos que bombam no meio universitário. Entendo que é uma boa maneira de dourar a pílula. Entretanto quem deve manter o prato girando é o professor com uma abordagem inclusiva, inspiradora e transformadora. A função da tecnologia é mostrar para o administrativo quem é e quem não é capaz… no máximo proporcionar uma boa Internet pra todos, de resto o RH tem que dar solução.

Plataformas de Marketing Digital, CRM, rotinas burocráticas e acadêmicas, AVA, biblioteca, produção intelectual, carreiras: tudo “single sign on” em um sentido amplo,um ambiente único por fora (e heterogêneo por trás), padronizado e que não obrigue o usuário a compreender múltiplos conceitos e funcionalidades.

Zero defeito: Além de ser um conceito de “estado de alma” para pessoas ou uma filosofia, pode ser transformado em uma ferramenta para tratamento de erros ou incidentes. Na prática, defeitos em forma de registros e dashboards. Um pequeno exemplo e muito comum: professor não respeitou o prazo do lançamento de frequência. Defeito! vai ser mensurado, agrupado e tratado.

Meritocracia na remuneração: com a nova regulamentação trabalhista, o software precisa suportar uma nova realidade de remuneração ao professor. O faturamento, perceba que não é salário, agora é uma fração daquele centro de custo.

“Por que esse artigo fala pouco de software e muito processo? Pois é… ta cheio de gestor que senta na poltrona, contrata o sistema e esquece de fazer management, esperando a magia acontecer.”

Precisamos compreender que software, processos e pessoas andam juntos. Então quando você contrata um plataforma de software, precisa ter ciência de que a alquimia ocorre quando software + processos + pessoas estão na mistura.